O professor de Direito Penal Raphael Chaia, da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande, Mato Grosso, ministrou uma aula sobre excludentes de ilicitude no ambiente interativo do metaverso.
“A ideia surgiu quando participei de um evento em Colíder (MT) e uma juíza deu uma palestra no Metaverso. A coordenação do curso de Direito propôs a ação e a turma escolhida foi o 1º semestre de Direito noturno, em um dia em que eles teriam apenas a minha disciplina. Então, antes do dia da aula, ensinei os alunos a instalarem o programa Altspace VR, criarem os avatares e, no horário combinado, de suas próprias casas, eles se logaram e tivemos a aula”, detalhou professor Chaia.
A aula aconteceu através da plataforma AltspaceVR e durou 1h e 20min, durante a ministração o professor usou o Oculus Quet 2, da Meta, já os alunos, acessaram o ambiente por meio de seus desktops.
Mais de 70% dos alunos compareceram à aula, que teve duração de 1h20. “Havia o auditório e uma área de convivência, com jogos, pufes, televisão. Nesse espaço, pudemos ter uma interação após a aula para coletar feedbacks e a resposta foi muito positiva. A ideia não é pra criar algo que vá substituir a sala de aula convencional. A proposta de um espaço de metaverso é somar ao processo educacional, trazendo novas formas de se trabalhar a educação a distância. Essas novas plataformas possuem recursos que, por exemplo, as salas de Google Meet não têm, que é a questão da interação por meio de gameficação e a questão relacionada à imersão, que faz com que haja uma interação mais particular, mais direcionada e, ao mesmo tempo, mais interativa por parte dos aadêmicos. Isso tem muito potencial no campo profissional, mas não é, nem de perto, um substituto para aula tradicional”, avaliou o professor.
Após a aula de Direito Penal, o professor e os alunos se encontraram na antessala para conversa.
É certo que o metaverso já é uma realidade, e que esse tipo de iniciativa atrai a atenção dos alunos e torna o processo de aprendizagem mais interessante para todos.
